sexta-feira, 6 de julho de 2012

Empresa de energia eólica cria novo sistema de turbina sustentável


Apesar da energia eólica já ter percorrido um longo caminho nos últimos anos, agora uma empresa californiana pretende aumentar a produção de energia  vinda deste sistema que a natureza disponibiliza gratuitamente ao homem. Corwin Hardham CEO da Makani: empresa que produz turbinas para geração de energia eólica, está tentando construir um tipo diferente de turbina. O protótipo que em vez de ser fixado ao solo, gira no ar. Batizado de Airborne Wind, o “mini avião” voa entre 800 e 1.950 pés acima do nível do solo, o que significa que ele fica bem abaixo da aviação comercial e civil normal. Ao mesmo tempo, ele voa a uma altitude acima do que a maioria das aves, o que significa que qualquer dano potencial para criaturas voadoras é minimizado. O sistema  gera energia a partir de rotores ao longo de sua extensão. Hardham diz que seu projeto não é apenas mais barato para se produzir em grande escala, ele também gera mais energia que uma turbina padrão, porque o vento é mais abundante a 600 pés do que a 200. Do mesmo modo, a turbina do Airborne é controlada por uma unidade de computador que desloca o curso da asa se o vento sopra para uma direção, ou se muda de direção dramaticamente.
Hardham estima que a asa do Airborne usa 10% dos materiais de uma turbina convencional, tornando-o mais fácil e barato de construir e instalar, e mais rápido para construir em escala. Ele diz que o Airborne gera um custo em torno de 3 a 6 centavos de dólar por quilowatt-hora, em comparação com 5 a 10 centavos para turbinas fixas de hoje. Em terrenos offshore, ele diz que será mais próximo de 5 a 6 centavos de dólar contra 20 centavos.
Ele também aponta que suas turbinas não são tão dependentes de grandes terrenos. Enquanto máquinas fixas devem ser estacionados em locais muito específicos - no topo de uma colina, por exemplo – o Airborne pode ser hasteado onde for necessário, desde que haja espaço suficiente para completar o comprimento de sua volta circular no ar.
Com financiamento do Google e do Departamento de Energia do Arpa-E, a Makani tem credibilidade suficiente para idealizar o projeto, mas como sempre, o caminho para a sua comercialização é bem provável que seja burocratico. Hardham diz que será de quatro anos os testes finais para que o protótipo se torne um produto de utilidade em escala comercial. Ainda assim, ele está convencido de que a economia acabará por tornar a ideia sustentável. Diversos desenvolvedores e produtores independentes de energia já manifestaram interesse em comprar o produto acabado, diz ele.

Demonstração do Airborne Wind funcionando

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